Aprenda Como Tratar Alguns Tipos de Funcionários
Existentes Nas Organizações
Desde
a época da Escola de Relações Humanas de Elton Mayo já se sabe que, dentro das
empresas, além de máquinas, também existem pessoas, as quais têm inúmeros
sentimentos e diferentes reações aos estímulos motivacionais. Dessa forma, o
jeito de tratá-las determinará como você será tratado.
Diante
disso, pode-se afirmar que a primeira regra de um bom Gerente é tentar obter
uma visão otimista sobre seus funcionários, pois isso tende a criar pessoas
mais colaborativas, afirmam alguns estudiosos em Liderança.
Outros,
mais radicais, afirmam que “se você tratar seu funcionário como um cachorro,
mais cedo ou mais tarde ele vai lhe dar uma mordida”.
Antigamente,
gerenciar significava “a arte de obter resultados através das pessoas”. Porém,
as Relações Humanas foram se desenvolvendo e hoje o Líder precisa entender as aspirações humanas.
As
pessoas costumam ter variadas aspirações, mas apenas para simplificar podemos
reduzi-las a:
·
Aspirações Simples: São as condições básicas de um
emprego, sem as quais os empregados nem aceitam trabalhar, tais como um salário
compatível, emprego próximo à casa, conforto no local de trabalho, garantias de
continuar empregado, ambiente de amizade
e atenção. Note-se que as aspirações simples são requeridas por uma
minoria dos trabalhadores brasileiros.
·
Aspirações Complexas: A maioria das
pessoas possui aspirações complexas, gostando de ser diferenciadas das demais e
de terem seu valor reconhecido pelo Líder. Elas gostam de aprender, enfrentar
desafios significativos e de tarefas difíceis. Aqueles com aspirações complexas
obtêm seu crescimento pessoal e recompensas financeiras de seus próprios
esforços.
Diante
disso, pode-se perceber que a arte de gerenciar pessoas nas organizações exige
muita criatividade do Líder, pois em vez de controlá-las é preciso
energizá-las, buscando atender suas expectativas e aspirações mais complexas.
Dessa
forma, podemos afirmar que a principal função de um gerente moderno é
“energizar” as pessoas. E, energizar significa atender ás aspirações complexas
dos funcionários.
Mas,
antes de energizar as pessoas o Gerente deve conhecer o “sentido de prontidão” dos funcionários, pois existem funcionários
que estão “prontos” e os que ainda não estão. Ou seja, aqueles que estão
prontos têm experiência técnica no ramo – eles são funcionários experientes. E
os que têm pouca prontidão são os funcionários inexperientes.
Sendo
assim, ao cruzarmos essas duas variáveis – aspirações
e prontidão – encontramos quatro (4)
tipos de funcionários e, antes de qualquer próxima análise, é necessário
afirmar que as pessoas tendem ser muito mais complexas do que apenas quatro
tipos.
Mas,
apenas para compreendermos melhor a forma de tratá-las – gerenciá-las – vamos classificá-las
em grupo de quatro tipos:
A)
Os Aprendizes: Perfil – São aqueles
funcionários inexperientes e que só possuem aspirações simples, os quais – na
sua maioria – obtêm o primeiro emprego. Eles não têm experiência alguma e
preferem trabalhar apenas por ser perto de casa e pelo pequeno salário. Tratamento – trate-o com pouca
flexibilidade, informando-o detalhadamente o que fazer e conferindo se as
tarefas foram realizadas conforme o escrito. Ou seja, o Líder deve usar uma
supervisão rígida.
B)
Os Frios: Perfil – São
aqueles funcionários que até têm experiência técnica, mas possuem aspirações
simples. Ou seja, eles não estão energizados ou motivados a alcançar suas aspirações.
Eles sabem trabalhar, mas não vibram com isso porque talvez tenham sido punidos
na sua criatividade – em empregos anteriores. Tratamento – O Líder deve envolvê-lo nas decisões do setor,
fazendo-o sentir-se importante e aumentando sua auto-estima. Na verdade o
cuidado do Líder não deve ser técnico, mas humano. Esse tipo de funcionário
precisa de envolvimento emocional e o Líder deve estimulá-lo a ter “a coragem
de errar”. Não estamos estimulando o erro freqüente, mas a tentativa da
inovação pode levar às pessoas ao erro e isso não deve ser reprimido para esse
tipo de funcionário.
C)
Os Potenciais: Perfil – São
aqueles que, embora não tenham experiência, têm aspirações complexas. Ou seja,
eles estão energizados, motivados e com vontade de crescer (é o “sonho” de todo
Gerente). Eles têm iniciativa e garra, mas ainda não estão prontos porque não
têm experiência. Tratamento – Na
verdade, talvez seja necessário o Gerente conter um pouco esse ânimo para que o
funcionário não cometa erros infantis. Eles precisam de treinamento, instruções
claras e acompanhamento técnico. Além disso, ele deve ter envolvimento com os
mais experientes para assimilar conhecimentos e habilidades.
D)
Os Empreendedores: Perfil – São
aqueles que têm muita experiência técnica e aspirações complexas. Ou seja, são
funcionários que estão prontos, energizados e motivados. Tratamento – Esse tipo de funcionário não deve ser tratado com
rigidez, controle ou cobrança por resultados. Trate-o com “agradinhos” e ele
ficará “doente”, pois sua energia vem dele e não de você. Eles precisam de
desafios, tarefas difíceis e participação nos resultados. Dessa forma o Líder
deve envolvê-lo nas decisões, dando-lhes autonomia porque os empreendedores são
capazes – em muitos casos – de fazer melhor que o próprio Líder.
OBSERVAÇÃO: Um Gerente não
pode se conformar em ter na sua equipe apenas funcionários classificados como aprendizes,
frios
ou até mesmo os potenciais. Na verdade, seu principal objetivo deverá ser o de
transformar todos eles em empreendedores,
pois assim o Gerente só cuidaria da estratégia da sua empresa.
Nenhum comentário :
Postar um comentário